Segunda condenação de Lula não altera estratégias do PT para eleições em 2018

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Após desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) decidirem pela manutenção da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na tarde de quarta-feira (24), por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex de Guarujá (SP), o Partido dos Trabalhadores (PT) dá sequência na estratégia pré-eleitoral da sigla e lança nesta quinta-feira a pré-candidatura do político às eleições de 2018. De acordo com a presidente estadual do partido em Goiás, Kátia Maria dos Santos, apesar de lamentável, o resultado era esperado e não irá alterar o estratagema do PT para o pleito, inclusive em Goiás. “Não há outro nome. Não há dúvidas, Lula permanece nosso candidato”, revela.

Em São Paulo para participar de uma reunião da direção nacional do partido, ela reforça que este é o momento de reafirmar o projeto do PT para o Brasil. “No Brasil e em Goiás nada muda. Vamos dialogar com partidos que apoiarem o projeto. Realizaremos uma jornada de 26 encontros nacionais e a partir deles vamos elaborar nossa estratégia nos dois âmbitos, de forma a garantir um palanque para o presidente Lula em Goiás, se o terreno for propício para o lançamento de uma candidatura própria em Goiás, assim o faremos”, reforça Kátia. À despeito de Lula, participam da reunião a ex-presidente Dilma Rousseff e senadora Gleisi Hoffmann, que é presidente Nacional do PT.

Além do irredutível apoio à candidatura do ex-presidente, Kátia observa que a estratégia do PT não irá mudar também por razões legais. “A legislação permite que ele seja candidato e nós vamos bancar essa candidatura. Para nós não é o futuro do Lula apenas que está em xeque, mas o futuro do País”.

Conforme explica Kátia, o compromisso da sigla é reverter ações promovidas pelo governo atual, liderado por Michel Temer. “Depois do golpe contra Dilma, tiraram políticas públicas, congelaram investimentos em Saúde, Educação e Agricultura familiar, bem como aprovaram projeto de terceirização e reforma trabalhista, além de apresentarem projeto par reforma da previdência. Estão retirando direitos dos trabalhadores. Então, fica a pergunta: como fazem tudo isso e depois permitem que lula vença as eleições?”, reflete.

Vantagem

Segundo ela, as duas condenações não tornam o quadro político desfavorável ao PT. “Mesmo com esse bombardeio jurídico-midiático interminável, Lula lidera as pesquisas para presidência em 2018. A população não é boba. Vamos defender um projeto que inclua a retomada do crescimento econômico aliado à distribuição de renda. A intenção é resgatar a dignidade e qualidade de vida do povo brasileiro”.

O resultado do julgamento em segunda instância, segundo Kátia, não deve trazer alterações no que diz respeito á vantagem de Lula nas pesquisas. “Todas as pesquisas mostram que ele [Lula] venceria as eleições, algumas apontam que isso aconteceria até em primeiro turno. O povo está entendendo o jogo que a mídia tradicional, o Judiciário e a direita estão fazendo. Estão dando sequência ao script do golpe”.

Sentença

A presidente sublinha que o julgamento de quarta-feira reforça que o País está passando por um “estado de exceção”. O que está em jogo é o futuro da população Brasileira. Em um julgamento parcial, com um desembargador que ‘conseguiu’ revisar todo o processo de 250 mil páginas em uma semana, mantiveram uma condenação o sem conseguir provas contra Lula”.

Para ela, há provas, no processo, que atestam que o apartamento não é de Lula. “Primeiro, na sentença o próprio Sérgio Moro afirma que não tem provas, mas convicção. Mandou bloquear os bens do presidente, mas o tríplex não consta na relação dos itens. Se é dele, por que não foi bloqueado? Segundo, a defesa anexou aos autos, documento oficial da Caixa Econômica Federal – ignorado pelo juiz – em que a OAS utiliza imóvel em uma alienação. Terceiro, uma juíza de Brasília penhorou o imóvel para pagamento de dívida da OAS”.

De acordo com Kátia, o processo foi julgado com “dois pesos e duas medidas”. “Enquanto em 120 dias foram capazes de julgar e condenar Lula, processo do Eduardo Azeredo, do PSDB, está parado há anos no STF. Isso mostra que esta é uma ação politizada que faz parte do script do golpe”.

Fonte: Hugo Oliveira Do Mais Goiás

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