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Pelo menos três pessoas morreram, e mais de 100 ficaram feridas, dez gravemente, quando um trem regional descarrilou nesta quinta-feira (25) de manhã, perto da cidade italiana de Milão - anunciou uma fonte dos serviços de resgate.
O descarrilamento aconteceu por volta das 7h (4h, horário de Brasília) nos arredores dessa cidade do norte da Itália, disse a diretora regional dos serviços de socorro em Milão, Cristina Corbetta, à Sky TG24.
As causas do acidente ainda são desconhecidas. Duas horas depois, os socorristas continuavam no interior dos vagões em busca de passageiros presos nas ferragens. Um dos vagões ficou atravessado na via. Os feridos eram retirados de maca, e aqueles em estado mais grave eram atendidos em um campo próximo.
Três helicópteros esperavam para evacuar os feridos, enquanto outro sobrevoava a área. Coberto com uma manta térmica e usando máscara de oxigênio, um desses feridos foi transferido para um dos helicópteros.
As primeiras imagens divulgadas pelos bombeiros mostravam pelo menos um passageiro bloqueado em seu assento, entre a chapa do teto e a parede do vagão, deformada pelo choque.
"Socorro, mãe!"
Uma mãe contou ao jornal "La Repubblica" que sua filha telefonou para ela exatamente na hora do acidente.
"Mãe, socorro, o trem está descarrilando!", disse a filha, cujo telefone não responde mais e de quem a mãe até agora não tem notícias.
Segundo os depoimentos dados aos jornais italianos, o trem começou a tremer de repente, como se passasse por cima de pedras. Depois, freou de forma brutal, e o veículo saiu dos trilhos. Apenas os vagões intermediários do comboio se descarrilaram.
A Procuradoria de Milão abriu uma investigação e, de acordo com a imprensa, o maquinista já está sendo interrogado.
O episódio aconteceu nas imediações de Segrate, um subúrbio no nordeste de Milão e uma das últimas paradas até chegar ao centro da cidade. O trem regional saiu de Cremona às 5h32 locais (2h32, em Brasília) e deveria chegar a Milão às 7h24 (4h24, em Brasília).
Os passageiros eram, sobretudo, pessoas que seguiam para o trabalho na capital econômica italiana e estudantes.
Composto de seis ou oito vagões, segundo fontes consultadas pela AFP, esse trem integra a companhia regional lombarda Trenord, que pertence ao grupo público Trenitalia e à Ferrovie Nord Milano FNM, uma empresa ferroviária que opera principalmente no norte da península.
Às 8h locais (5h, horário de Brasília), Trenord informou os passageiros sobre a interrupção do serviço por "um problema técnico em um trem", o que provocou duras críticas nas redes sociais.
Este é o mais grave acidente desde a catástrofe ferroviária que deixou 23 mortos em julho de 2016 em Puglia, no sul do país.
Fonte: AFP
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