Foto: Cortesia
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O dono de uma empresa de refrigeração foi executado dentro do próprio escritório na manhã desta segunda-feira (16), por volta das 10h30, na rua Roderick Galvão, no bairro da Boa Vista, na área Central do Recife. Armando Pedrosa, 57 anos, era dono da Lok Ar, que atua no conserto e venda de ar-condicionados.
As primeiras investigações foram feitas pela delegada Lídia Barci, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). "Trabalhamos com a hipótese de execução. Ele foi morto com quatro tiros por dois homens", disse. Um dos disparos, inclusive, foi encostado na nuca.
De acordo com a investigadora, os criminosos chegaram ao local, renderam uma funcionária e foram até a sala do empresário. "Eles chegaram pedindo dinheiro, mas não levaram nenhuma quantia", explicou. No entanto, os homens fugiram levando a corrente, o relógio da vítima e as imagens das câmeras de segurança.
Os criminosos teriam entrado no local aproveitando a chegada de um cliente. Eles renderam a secretaria e trancaram ela junto com o cliente em uma sala e foram atrás de Armando. Depois de assassiná-lo, perguntaram onde estavam as câmeras de segurança para localizar as gravações.
Funcionário da empresa há 20 anos, Antônio Vicente, 42 anos, estava no local no momento do crime. "Eu tava trabalhando lá atrás, não ouvi tiro nenhum. Eu tinha falado com ele [Armando] e, cinco minutos depois, ouço a secretaria desesperada. Fui ver e ele tava morto". Vizinhos também relataram que não escutaram disparos. A investigação vai ficar a cargo de Diego Accioly, da 1ª delegacia do DHPP.
Imagens de câmeras de segurança de estabelecimentos próximo à empresa deverão ser analisadas durante as investigações. Os celulares da vítima vão passar por perícia do Instituto de Criminalística (IC), que também foi ao local do crime.
José Belchior Pedrosa de Melo, tio da vítima, foi à empresa durante esta tarde e disse que foi pego de surpresa com a morte do sobrinho. José estava em Água Preta, na Mata sul de Pernambuco, onde a família tem origem, mas contou que Armando morava mesmo no Recife mesmo. Ele relatou que a empresa do sobrinho funciona há 30 anos.
O corpo do empresário foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), no Recife, por volta das 14h30, e já passou por autópsia. Até as 16h30, nenhum familiar tinha chegado ao IML para liberar o corpo.
Fonte: Júlia Montenegro, do FolhaPE
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